Uma embarcação naufragou na manhã dessa quinta (8) nas proximidades da Ilha de Cotijuba, oriundo do município de Cachoeira do Arari, no Marajó (PA). Segundo o governo do estado, foram resgatados até o momento 63 sobreviventes, que foram levados para Belém. Outras 11 mortes foram confirmadas até o momento. Foram resgatados corpos de nove mulheres, um homem e uma criança. A embarcação tinha capacidade para 82 pessoas.
Nesta sexta-feira, 9, as buscas pelos 8 desaparecidos foram retomadas. A Segup ainda informou que Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) está acompanhando a situação. Um helicóptero do Graesp dá apoio nas buscas, além de 9 embarcações do Grupamento Fluvial, equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Pará e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil foram deslocadas com outras duas embarcações com equipes de mergulhadores.
De acordo com as primeiras apurações, o barco transportava passageiros do Marajó para a capital do estado. Segundo a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), a empresa dona da embarcação já havia sido notificada. A embarcação foi retirada de circulação pela Marinha por não possuir autorização para realizar o transporte irregular. Houve reincidência já que os responsáveis colocaram uma nova embarcação para fazer o trajeto, e a Marinha também apreendeu em uma ação de fiscalização. A embarcação que naufragou foi a terceira usada pela empresa.
O proprietário da lancha que naufragou foi identificado como Marcos de Souza Oliveira, de 34 anos. Ele está sendo procurado pela Polícia Civil do Pará e vai responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Segundo o Governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), em coletiva, a embarcação que naufragou está no nome de Meire Ferreria de Souza, e a lancha se chamava “Dona Lourdes II” que seria mãe do acusado. Marcos já havia sido notificado pelos órgãos fiscalizadores, porém ele buscava outras embarcações não licenciadas para fazer o transporte e atracava também em portos clandestinos. Uma das embarcações chegou a ser apreendida pela Marinha do Brasil.
A Polícia Civil instaurou inquérito policial para investigar o naufrágio. Além disso, a Marinha do Brasil também instaurou um inquérito para fazer a apuração sobre a embarcação. Dessa apuração sairá um laudo, para ser encaminhado ao tribunal marítimo.
Enquanto isso, o governo do estado tem prestado apoio aos sobreviventes e familiares das vítimas. Está sendo providenciado o acolhimento, alimentação e hospedagens dos sobreviventes até que sejam deslocados para suas cidades de origem. O governo também afirma que as famílias das vítimas e os sobreviventes estão tendo apoio de uma equipe de psicólogos e assistentes sociais.
Veja a lista de sobreviventes divulgada até o dia 08/09: